Na Cedade Morta (The Dead City) by Isilda Nunes
Isilda Nunes of Portugal writes of indifference to social and humanitarian issues.
na cidade morta,
à cruz da indiferença,
desaguam sonhos em crematórios lÃquidos.
a loucura decretada passeia
desejos naufragados,
em passadiços comuns.
na cidade morta,
a fome, Ã sede, invade hospÃcios.
fantasmas brincam às crianças
e velhos emborcam infâncias.
emigraram os abraços.
já não há pontes para atravessar a noite.
há vendas neste rio,
dor neste navio.
Caronte fuma um cigarro na vala principal.
simplesmente apagão.
simplesmente silêncio.
somente sepulcro
na cidade morta.
e eu?
e tu?
e nós?
in the dead city,
to the cross of indifference,
flow dreams into liquid crematoriums.
the madness decreed ride
shipwrecked desires,
on common walkways.
in the dead city,
hunger, thirst, invades hospices.
ghosts play at children
and old people get childhood.
emigrated the hugs.
there are no bridges to cross the night.
there are sales in this river,
pain on this ship.
Charon smokes a cigarette in the main ditch.
simply blackout.
simply silence.
only tomb
in the dead city.
and me?
and you?
and we?
This poem is translated from Portuguese.
It’s a big pleasure to participate in your Newspaper. Thanks
I am sincerely grateful for sharing my poem. You do an excellent work